segunda-feira, 9 de agosto de 2010

- Atropelando o Mal'


Como uma faca cravada no peito, aquela dor não passa, não sara, não me deixa. Ela insiste em permanecer e me mostrar a todo tempo quem manda. Dou voltas nesse meu mundinho ridículo e só encontro mediocridade. Procuro os gestos de afeto e bondade , só encontro os milhares e infindáveis defeitos de uma vida esculpida por mentiras. Mentiras minhas, mentiras suas, mentiras nossas. Toda uma história manchada pelo egoísmo e imaturidade, espalhando os vestígios da sua irresponsabilidade e desamor. Regado aos seus gloriosos dias fúteis e a falsa sensação de felicidade. Ludibriando a si e ao mundo que tudo esta muito bem, Obrigada! No entanto engasgada com seu próprio amor, pela vida, pela música, pela leitura, pelos amigos. Amor esse acorrentado, pelo medo. De tudo que chamam de felicidade. Eu ainda me perco, e me encontro no nada de todas as pausas que permanecem, em ciclos constantes de solidão.



Meu coração não se cansa
De ter esperanças
De um dia ser tudo que quer
Meu coração de criança
Não é mais que a lembrança
De um vulto feliz de mulher[...]

11 comentários:

Déia disse...

Aprender a nos curtir, ajuda na solidão...
Entender tudo que aconteceu, passar remédio nas feridas e tudo um dia passa...
Torço por isso!

bj

Anônimo disse...

Se houver mais uma pausa na minha vida, acabo morrendo. Muito embora eu saiba que as pausas são necessarias.

Beijos

Anônimo disse...

"...Procuro os gestos de afeto e bondade , só encontro os milhares e infindáveis defeitos..."

Isso me remete a minha infância, onde procurava um amigo que não pronunciasse palavrões. Era muito difícil pra mim, pois depois que a amizade começava a fluir, me via decepcionado e inconformado, o peso do mundo desabava por sobre minhas costas e não mais conseguia me relacionar com eles, os profanadores da minha utopia.
Isso durou por muito tempo em minha vida, acho que até aos 12 anos + ou -.
Sempre fui muito retraído e introspectivo, nunca conseguia fazer amizades com facilidade, e ainda hoje é complicado pra mim. Eu só era mais esperto que a maioria em relação aos estudos, mas no resto eu era um desastre.
Até pra namorar eu era um fiasco, tinha medo de me aproximar, não sabia o que dizer, e as vezes que rolava algo em relação a isso era porque a outra parte vinha até mim e tomava a iniciativa, se fosse por mim, iam morrer de olhar que da minha zona de conforto eu não saia nem a pau, nem pelo decreto.

Acabei misturando tudo. rsrsrs.
Um abraço.

Luna disse...

ciclos de dor, de amor, de esperança.

você tem uma filhinha linda.
eu não falo isso em voz alta, mas tô louca pra ter um filho.rs

beijo.

Daniela Filipini disse...

Com o tempo, a solidão acostuma-se no seu peito. E um dia você vai rir e se encontrar pensando que você está contente outra vez, e nada além do normal aconteceu.

O Neto do Herculano disse...

Ainda me encontro e me perco nos labirintos da solidão.

O Neto do Herculano disse...

A solidão
é a matéria-prima
da minha poesia.

Salve Jorge disse...

A cada atropelo
Melhor não vê-lo
Mesmo ralado o joelho
Não adianta chorar
Se quebrado o espelho
Sete anos de azar
Que seja
Mas a vida sempre enseja
Em cada recomeçar
Um novo vislumbre do mar
E se há mar
Melhor se jogar...

Carolina de Castro disse...

Todo poeta/escritor sofre desse mal.
A produção encontra o ápice na solidão.
Beijos

Auíri Au disse...

Solidão???
como diria Cazuza:
"..solidão que nada"

ॐ AиDяέ LuiZ disse...

- Sei tanto de Solidão,
que ela foi minha melhor companheira,
noites frias, de medo, de dor, não sabia, mas isso tbm faz parte da vida, então... Cabeça erguida !
Tristeza não tem fim, Felicidade siM.