sexta-feira, 27 de novembro de 2009

- Nos Braços da Solidão




E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
Os dias seguem os mais vazios, o brilho do sol já não me satisfaz, o barulho dos carros em volta não me pertubam mais, as folhas que se arrastam ao chão não prendem a atenção.A minha melhor música não encanta, os versos que escrevi não fazem sentido, as letras do bom e velho livro dos últimos dias se fazem estranhas, sem rimas, sem versos, sem emoção. O telefone que não toca, o cheiro daquele desodorante e do seda do shampoo ainda estão aqui. Abstinência. Abstinência do olhar de amor, dos beijos apaixonados dos enamorados, das juras e promessas de amor, mesmo aquelas que se sabe que jamais serão compridas, mensagens ao celular, da cumplicidade, de confidências. Vazio de um amor que ainda não chegou, saudades dos beijos que nunca compartilhei, desejo da vida que nunca tive.Estou nos braços na solidão, durmo ao lado da carênica e passo os dias com a monotonia. Sigo os dias sem fim.


Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz
Já não sei dizer o que aconteceu
Se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu
Se meu desejo então já se realizou
O que fazer depois
Pra onde é que eu vou?
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim...

terça-feira, 17 de novembro de 2009




Ele vai me possuindo
Não me possuindo
Num canto qualquer
É como as águas fluindo
Fluindo até o fim'

- Olho para o relógio, são 16:30 e me apresso nos afazeres domésticos de todo fim de semana. Havia marcado o encontro com os amigos as 17h, impossivel ser pontual, mas de uma hora de ônibus me separa da tal praça.Após desfazer o armário inteiro para escolher a melhor peça de roupa, inclusive a íntima, sai. No trajeto encontro um velho amigo, do passado que até "ontem" foi presente, trocamos figurinhas e falamos do nosso cotidiano agora não tão paralelos e desconhecido mutuamente. Ao despedir-me sinto que, nada do que foi será denovo do jeito que já foi um dia. O celular meu companheiro fiel, faz as honras e avisa aos navegantes que "aqui" já estou. A principio o Principe do North é quem me da as boas vindas, receptividade calorosa aquele tom lilás de sua camisa que marcou o reencontro e o sorriso de menino travesso, aqueles do melhor comercial de TV, aquela praça não me pareceu uma atração tão convidativa quanto o seu castelo. Como quem ler pensamentos ele me conduz ao seu lar, a muito Otto já estava por lá e permanece constante, após um determinado espaço de tempo consigo ainda ouvi-lo ao longe, seus 6 minutos e suas lágrimas negras se tornam fundo musical para o deleite do corpo daquele que vive em meus pensamentos, ainda de pé ele me conduz ao fundo do oceano, a agradável companhia de Nemo Marlin e Dori, por quem nutro uma inestimável afeição, vontade de estar sempre presente. Já em meio a eles degusto se gosto, sinto novamente o calor daquele corpo , o toque das mãos que apalpam minha pele demonstrando o desejo a pouco contido.
Desfruto intensamente do poeta desconhecido, do cantor agora esquecido, do amigo de todos e de nenhum, do mais popular e nada conhecido, do leitor dedicado e sem tempo para novas descobertas, do homem sem pudor, escrupulos e limitações e do mais atencioso, simples sereno e apaixonante simultaneamente. Desfruto a oportunidade de uma tarde Feliz!

'Abra os braços pra me guardar
Que eu todo vou me entregar
Começo, meio e fim
E a minha cuca ruim[...]

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


Eu Protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor

Os últimos meses de minha vida vem sendo marcado por mudanças bruscas.
Mudanças de um passado que a muito se fez presente, pra um futuro totalmente novo, desconhecido.
Feridas vem sendo cicatrizadas, as mágoas deixadas pra trás em seu devido lugar, e os vazios se preenchendo aos poucos.
Após longos anos de tentativas intermináveis em um passado incerto, me dei ao luxo de respirar outros ares, conhecer novas pessoas, e quando digo "nova", digo em tantos sentidos, quem me conhece a fundo sabe o quanto fui irredutivel a mudanças,mas, fiz esse capricho e me deixei envolver com a novidade.
Eis que abro as portas do meu coração ao desconhecido, não sei o motivo, ou talvez até saiba,mas... não me agrada a idéia de viver sem estar apaixonada mesmo que seja apaixonada por um livro ou uma música, ou nesse caso por um sorriso meigo e uma pulserinha rasta no pé, a mão tão delicada, a covinha na barriga ou os pêlos de seu peito tão acolhedor.
O meu Principe do North, chegou como por encanto, a verdade é que eu bati a porta e ele me deixou entrar, sempre tão gentil, ele me abraça todas as vezes que nos vemos, hoje diferente da primeira vez quando ainda eramos dois estranhos de corpo e de mente um para o outro.
Desconhecidos, carentes, magoados e com o coração machucado, posso dizer que assim que fomos naquele inicio, ou , era assim que eu me sentia.
Somos mais que refugio, somos mais que amigos, menos que namorados, somos intimos e desconhecidos ao mesmo tempo, somos parecidos e por hora tão diferentes.
Todos os dias sinto-me saudosa de seu cheiro, da sua voz ao pé do ouvido, ou quando ele coloca o Otto pra cantar pra mim, tenho saudades dos nossos poucos momentos juntos, porém intensos e verdadeiros. Saudade do Pink Floyd a tocar pra gente se amar, saudades das bobagens e conversas jogadas fora, momentos tão NOSSO! Saudade de ver da luz do lado de fora que ilumina a janela do teu quarto teu corpo despido e o seu rosto distraido recostado ao travesseiro depois que fizemos amor.Saudade da sua musica preferida do Bob, das carinhas inciumada e das perguntas formuladas após lembrar recados que recebi[...]
Contudo, as ocilações entre solidão e momentos intenso de felicidade ainda são frequentes, é que a solidão por vezes me persegue e o Principe do North me é distante... Mas passa, sei que vai pasar. As confidências que veem dele me mostram isso , e naquele instante que ele me olhou e disse que o que sua boca não falou, seus olhos tinham me dito. Tinha visto, mas precisava ouvir.(Já foi dito), eu soube naquele instante. Tudo vai Ficar Bem.
Depois de ter você
Pra que querer saber
Que horas são?
Nosso encontro aconteceu como eu imaginava
Você não me reconheceu, mas fingiu que não era nada
Eu sei que alguma coisa minha, em você ficou guardada
Como num filme mudo antes da invenção das palavras'


Au Revoir